Escala de Auto-eficácia Sexual – Forma E – Estudo de validação para uso clinico no Brasil
Rodrigues Jr., OM(1); Catao, E(1); Finotelli Jr., I(1); Robert, F(1); Viviani, DH(1)
(1)GEPIPS - Grupo de Estudos e Pesquisas do Instituto Paulista de Sexualidade
Auto-eficácia é um construto psicológico que se apresenta como a crença do indivíduo na própria capacidade em desempenhar uma atividade. O presente estudo apresenta os dados da pesquisa de validação de instrumento para avaliar a auto-eficácia sexual: a Escala de Auto-eficácia Sexual – Forma E. Trata-se de um instrumento contendo 25 afirmativas sobre o comportamento sexual distribuídas em quatro fatores específicos (desejo, excitação, orgasmo e assertividade). A aplicação em uma amostra de 169 homens com média de idade de 35 anos (DP = 9,23; variando de 18 a 62 anos), dos quais 40,2% eram solteiros, 47,9% casados, 11,2% separados e 0,6% viúvos. Todos os sujeitos apresentavam queixas sexuais: 52,1% com disfunção erétil, 29,6% com ejaculação rápida e 18,3% com queixas mistas. A análise estatística dos dados foi realizada por meio da aplicação do teste α de Cronbach (nível de significância de 0,05) para o estudo da precisão e consistência interna do referido instrumento. Considerando-se os quatro fatores que compõem o instrumento a precisão foi de 0,71 para a escala de desejo, 0,83 para a escala de excitação, 0,71 para a escala de orgasmo e 0,77 para a escala de assertividade. Considerando-se os tipos de queixa a precisão foi de 0,93 para disfunção erétil, 0,76 para ejaculação rápida e 0,94 para queixa mista. De acordo com Conselho Federal de Psicologia do Brasil, a precisão mínima é de 0,60 para um teste ser aprovado para utilização. A Escala de Auto-eficácia Sexual – Forma E demonstrou adequada precisão, podendo ser utilizada para auxiliar a avaliação psicológica da queixa sexual. Novos estudos estão serão realizados para avaliar a validade de construto, a validade discriminante, a validade fatorial e de critério. Este instrumento é adequado para auxiliar o terapeuta sexual na avaliação psicológica inicial e também como medida de modificação de comportamento ao longo do processo terapêutico
